Bom Pessoal... a origem
dos molhos é algo muito incerto, e provavelmente foram sendo criados e
modificados com o decorrer do tempo desde a descoberta do fogo.
Podemos dizer que estes
passaram a ser catalogados e padronizados graças as participações dos franceses
Antoine Carême e Auguste Escoffier, que através de seus trabalhos contribuíram para uma simplificação e
padronização das receitas de molhos e preparações em geral.Desde o século XVIII
os molhos vêm sendo classificados de diversas formas, mas dando prioridade para
a classificação da forma francesa .
O molho influi muito na
apresentação e no sabor do prato, necessitando cuidado na preparação do mesmo e
uma preparação mal feita poderá arruinar um excelente prato. Ele é o “co-autor”
dos pratos em alta gastronomia e acompanhamento indispensável na maioria das
preparações culinárias.
Eles possuem basicamente
duas divisões: A clássica francesa e a contemporânea. Na clássica francesa, os
molhos são divididos em 5 chamados de molhos mães ou básicos. Já a
contemporânea é baseada em como o molho é ou não espessado. Veja alguns deles:
Clássica Francesa
o Bechamèl
– molho à base de leite acrescido de aromatizantes e agente espessante: o roux
(mistura de farinha e manteiga);
o Velouté
– molho a base de líquidos (fundos ou fumet) acrescido de aromatizantes e
agente espessante: o roux;
o Espagnole
ou espanhol – molho obtido através da redução parcial de fundos acrescido de
extrato de tomate, aromatizante e agente espessante: o roux;
o Hollandaise,
bearnaise ou mayonnaise – emulsão a base de ovos e gordura líquida (manteiga,
óleos ou azeites).
o Tomate*
– molho feito a base de tomates, podendo ser líquido, pastoso ou semi-pastoso.
(* – Pode não ser utilizado por algumas correntes de chefs como molho clássico
francês).
Molhos emulsionados
São os molhos
resultantes de uma emulsão - processo pelo qual dois líquidos antagônicos em
sua estrutura molecular, por exemplo água e óleo, são, por meio dispersão em
partículas minúsculas, incorporadas temporária ou permanentemente.
A emulsão é
temporária quando não se sustenta por muito tempo: molho vinagrete. É
permanente quando adicionado um elemento emulsificador - gema - que lhe confere
estabilidade: a maionese.
Pode ainda ser
semi-permanente, como o molho holandês.
Maionese: a maionese,
do francês mayonnaise, é um dos principais molhos emulsionados a frio. Pode ser
produzida em indústria alimentícia ou artesanalmente.
Trata-se de um molho
estável, cremoso, de coloração marfim ou amarelo-pálida, utilizado como
acompanhamento de pratos frios, cobertura de sanduíches e base para outros
molhos.
Alguns cuidados são
imprescindíveis antes de se fazer a maionese:
Todos os ingredientes
devem estar em temperatura ambiente;
- Utilizar recipiente
de aço inoxidável ou louça refratária - materiais como alumínio ou ferro
comprometem a qualidade do produto final;
- Incorporar o azeite
(óleo) cuidadosamente;
- Caso a maionese
desande, acrescentar água quente ou vinagre e continuar batendo continuamente.
Molho holandês (sauce
hollandaise): na Europa Ocidental, muitos chefs de cozinha pedem como
pré-requisito de admissão aos jovens cozinheiros a confecção de um molho
holandês, um molho clássico, sutil e delicado. Trata-se de uma emulsão quente,
preparada em banho-maria com vinagre de maçã, pimenta-do-reino em grãos, gemas
de ovos, manteiga clarificada e suco de limão. O uso da manteiga clarificada
resulta em um molho mais estável e sem o gosto pronunciável da manteiga
derretida. Um vez pronto, o molho holandês deve ser servido de imediato. Caso
seja necessário, conservá-lo em local morno por pouco tempo, em banho maria.
DICA:
O controle da temperatura é
essencial na preparação de molhos, pois em altas temperaturas, ocorre uma maior
colisão entre as gotículas na emulsão, de forma que a formação de pelotas é
mais fácil. Porém, em temperatura mais baixas, as moléculas tensioativas têm
mais dificuldades em formar emulsões. Portanto a temperatura deve ser
intermediária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário